09/04/13
Os leitores
devem se lembrar da grande reportagem que eu e o fotógrafo
Sergio Zachi elaboramos, no ano passado, sobre a expansão do
leite no Estado de Santa Catarina. Algumas propriedades, por sinal,
estavam trocando a suinocultura – castigada pela alta do
milho – pela pecuária leiteira na
região oeste, onde fica Chapecó.
Pois
é, agora meu velho conhecido Marcos Zordan, presidente da
Organização das Cooperativas do Estado de Santa
Catarina e também diretor da Cooperativa Aurora, me procura
afirmando que a produção de leite tornou-se uma
das atividades agropecuárias mais rentáveis para
as famílias rurais do Estado. Segundo Zordan, os
preços pagos, atualmente, aos produtores tornaram-se
altamente compensatórios em razão de fatores
climáticos e mercadológicos e ao aumento do
preço no mercado internacional – o Brasil importa
o produto.
E mais: A
produção de leite continuará crescendo
em Santa Catarina, prevê Zordan, por conta de proporcionar
vantagens aos produtores de médio e pequeno porte, que
são a base da pecuária no Estado. “A
pecuária garante renda mensal e permite bons volumes de
produção em pequenas áreas.
Além disso, o risco da atividade é
mínimo, os custos de produção
estão caindo e a produtividade aumenta”, ele diz.
Mais
números: Santa Catarina é o quinto
produtor nacional, com 2,2 bilhões de litros/ano.
Praticamente todos os 190.000 estabelecimentos agropecuários
produzem leite, informa Zordan, o que gera renda mensal às
famílias e contribui para o controle do êxodo
rural. O oeste catarinense responde por 60% da
produção do Estado sulino.
Zorzan informa
também que o fazendeiro da região está
deixando de ser um “tirador de leite” para
transformar-se em empresário da pecuária
leiteira. Ele adianta que os laticínios chegam a pagar R$
0,96 pelo litro, em média, dependendo do volume entregue
pelo produtor, bem acima do valor de referência fixado pelo
Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite
para o mês de março naquele Estado – R$
0,7399.
Boa
notícia, principalmente agora que alimentos populares, como
arroz e feijão, têm perdido espaço nas
fazendas produtoras de commodities, e virado vilões nos
últimos índices de
inflação. Importante lembrar que toda a
produção nacional de leite, ao redor dos 31
bilhões de litros, é consumida internamente.
Fonte: Blog do
Tião, em Site Globo Rural.
